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segunda-feira, 15 de junho de 2020

Febre nas redes sociais, FaceApp é investigado pelo FBI por roubo de dados

Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal
Foto: Instagram/ Arquivo Pessoal

Em tempos de isolamento social, a internet vem sendo o espaço ideal para matar o tédio e passar o tempo ocioso. Com isso, o aplicativo FaceApp voltou a ser febre nas redes sociais.
A brincadeira com o aplicativo faz com que homens se transformem em mulheres e vice-versa, além de envelhecer algumas imagens. Diversos famosos se renderam ao aplicativo e compartilharam as imagens em suas redes sociais. Mas é necessário manter o alerta ligado com a plataforma.
Criado pela empresa russa Wireless Lab, o aplicativo foi acusado de roubar dados pessoais dos usuários, chegou a ser investigado pelo FBI e no Brasil recebeu uma notificação do Procon.
O “roubo” acontece ao aceitar os termos de uso da plataforma e autorizar o app a coletar e utilizar de algumas das suas informações pessoais, como dados de navegação e fotos. O acesso a todas esses dados é informado pela própria plataforma em sua política de privacidade.
“Usamos ferramentas de análise de terceiros para nos ajudar a medir o tráfego e as tendências de uso do serviço. Estas ferramentas reúnem informação enviada pelo seu dispositivo ou pelo nosso serviço, incluindo as páginas web que visita, add-ons, e outra informação que nos ajude a melhorar o serviço. Reunimos e usamos esta informação analítica juntamente com informação analítica de outros utilizadores, para que não possa ser usada para identificar qualquer utilizador individual em particular”.
Para quem ficou com medo e deseja remover seus dados da plataforma é necessário entrar na aba de “Configurações” do aplicativo, clicar em “Suporte”, selecionar “Reportar erros e enviar logs” e fazer sua solicitação. Ou então simplesmente desativar as permissões de acesso nas configurações do seu Smartphone.
Alguns especialistas em tecnologia, no entanto, tranquilizam os usuários do aplicativo. Todas as informações fornecidas para o FaceApp já estão disponíveis em outras redes sociais como Facebook, Twitter, LinkedIn além de outros aplicativos como o WhatsApp e Instagram.
O advogado Michael Bradley disse em entrevista ao ABC News que a atenção precisa ser redobrada assim como qualquer outro aplicativo que a pessoa use. “Qualquer um que tenha colocado seu rosto [em uma plataforma] online com seu nome e outros dados de identificação – por exemplo, qualquer pessoa com um perfil de rede social ou site – já está muito vulnerável a ser capturado digitalmente para futuros usos de reconhecimento facial”, alertou Bradley que garante que o perigo do FaceApp não é muito grande.
Além da polêmica com os dados, a inteligência artificial do aplicativo foi acusada de racismo ao embranquecer pessoas negras a partir de um filtro de embelezamento para tornar a selfie do usuário “mais sexy”. Os desenvolvedores da plataforma chegaram a se desculpar publicamente pelo ocorrido.
“Nossas desculpas por este problema inquestionavelmente sério. É um efeito indesejável da rede neural do aplicativo, mas não é um comportamento que desejamos. Para resolver o problema, nós renomeamos o efeito para excluir qualquer conotação associada a ele. Também estamos trabalhando para encontrar uma solução definitiva”, declarou via nota.

Bahia.ba*

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