A Bahia tem maior fila de espera da região Nordeste para quem espera a aposentadoria. Levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário apontam que 22 mil pedidos de entrada aguardam avaliação do INSS no estado.
O maior número de casos (78%) são referentes a aposentadoria por idade. Segundo dados divulgados pelo Correio, o número de pessoas com aposentadoria represada e idade mínima para se aposentar (62 anos para mulheres e 65 para homens) ultrapassa 17 mil.
Em segundo lugar, aparece o tempo de contribuição: 17% dos que aguardam a análise estão nessa modalidade, o que equivale a 3.825 baianos.
Ainda conforme a publicação, a incapacidade permanente previdenciária ocupa o terceiro lugar no número de solicitações represadas, com 4% ou 1.006 pessoas aguardando o deferimento do processo. Já os pedidos de aposentadoria por incapacidade permanente acidentária representam somente 0,01% ou 32 pessoas.
O presidente da Comissão de Direito Previdenciário da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Ba), Eddie Parish, aponta que a Bahia concentra uma das maiores populações rurais da região nordestina e que ela demanda mais aposentadorias que as áreas urbanas, devido à renda menor de seus moradores.
Aliado a isso, o número de trabalhadores informais contribui para justificar a presença da Bahia no topo do ranking de aposentadorias represadas. Pois quando se trata desse direito trabalhista, a categoria de Benefício Social ao Idoso também entra como uma demanda do INSS. Ela representa os beneficiários com idade mínima para o recebimento do benefício, mas que não contribuíram.
Trata-se de um salário mínimo por mês para a pessoa idosa de baixa renda. “Não é só a aposentadoria em si que o INSS precisa analisar, existem os benefícios assistenciais, auxílios doença e outros em geral. Então, quanto mais pobre o estado é, mais benefícios assistenciais também existem”, explica o presidente da Comissão Previdenciária. Blog do Valente
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