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quarta-feira, 20 de outubro de 2021

Prejuízo do estado com Ponte Salvador-Itaparica pode chegar a R$ 100 milhões por mês

 


Cálculos feitos por técnicos do governo da Bahia responsáveis por analisar a Parceria Público-Privada da Ponte Salvador-Itaparica apontam que, quando o projeto for completamente concluído, o prejuízo para o estado deve chegar a cerca de R$ 100 milhões por mês - R$ 1,2 bilhão por ano. A soma se refere ao desembolso que o governo será obrigado a pagar para o consórcio chinês, por causa do aumento da demanda além da prevista no contrato. Segundo apurou a Satélite, as estimativas teriam desconsiderado o eventual crescimento do fluxo após a duplicação da Ponte do Funil e da rodovia que dá acesso à BR-101, fundamentais para o escoamento dos veículos sem estrangular o tráfego. 

Bola devolvida
Como a tarifa de pedágio sugerida, de R$ 50, foi recusada pelos chineses, para quem o valor não cobre investimentos na obra e custos futuros de manutenção gerados pela demanda maior, o governo aceitou bancar a diferença com recursos próprios. O que, na prática, funciona como um tipo de subsídio para a tarifa.

Debaixo do tapete
As falhas na previsão da demanda e o consequente aumento na conta a ser paga pelo governo  levaram a Secretaria Executiva da PPP a emitir parecer contrário ao modelo definido para a concessão da ponte. Contudo, a Casa Civil do Estado, então chefiada por Bruno Dauster, ignorou os alertas e decidiu levar adiante o projeto, mesmo avisado dos  riscos financeiros. Diante da resistência da Secretaria Executiva em avalizar o acordo, o parecer desfavorável jamais foi disponibilizado para conhecimento público, mantendo fora do radar detalhes que revelam os prejuízos para o erário.

Chave de braço
A Via Bahia ganhou um round crucial no duelo com o Ministério da Infraestrutura pelo controle das BRs 324 e 116 no estado. Na quarta passada, uma sentença da Justiça Federal, de efeito imediato, suspendeu a obrigatoriedade de obras não essenciais pela Via Bahia até que a Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT) faça as revisões quinquenais previstas em contrato para 2014 e 2019. No dia 15, porém, a ANTT baixou portaria que define um calendário de obras nas BRs. Agora, a empresa espera a revogação do ato, de acordo com a decisão da justiça do Distrito Federal.

Correio da Bahia

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